Quando a Arte e a Indústria se fundem...

Quando a Arte e a Indústria se fundem... segundo Saint Silvestre!




Coleção Treger/Saint Silvestre_uma coleção muito peculiar
| 31 de maio no Nucleo de Arte da Oliva |

MENSAGEM DOS COLECIONADORES

O Porto trabalha e Lisboa diverte-se, assim se diz em Portugal!
Verdade ou efabulação?

Em todo o caso na periferia da magnífica cidade do Porto, em São João da Madeira, a indústria moribunda pela europa fora, está aqui bem viva e os “big boss” da câmara e os industriais locais, fazem tudo para que isso continue e progrida e conseguem!

“Não vale a pena” é aqui desconhecido.

Quem fez os chapéus do famigerado JR e faz os dos “cowboy” que cavalgam pela América fora?
Quem faz os chapéus para Chanel, Saint Laurent, Kenzo, Vuitton e tantos outros?
Quem faz os chapéus das mulheres polícias inglesas e de milhares de pessoas neste vasto mundo?
Onde é a capital mundial do chapéu?

Precisamente em Portugal, em São João da Madeira.

E no museu do chapéu, desvendam-se todos os segredos da mágica transformação do pelo de coelho em feltro pela simples ação da água quente.

Se procuram um lápis para rabiscarem a lista das compras, um lápis chinês serve bem, mas se quiserem um lápis refinado, grosso, ou fino, às riscas às bolas, ou com os nomes dos melhores hotéis do planeta, vão a São João da madeira encomendar um “Viarco”, ou uma centena.

E as mulheres mais “sexy” do universo, que calçam esses sapatos com saltos intermináveis, saberão que são feitos em São João da Madeira?

E não só, os homens também se podem calçar com sapatos, dos mais bem-feitos que se podem comprar, fabricados em São João da Madeira.

E na torre da fábrica “ Oliva” sapatos de todas as épocas são mostrados aos visitantes em paralelo com sapatos que saíram da imaginação fértil de artistas. (em preparação)

Precisamente a Fábrica ”Oliva”, com a sua magnifica arquitetura inteiramente restaurada, acolhe-nos com um muro executado pelo herói da arte urbana, VHILS.

Oliva fabricava tubos, banheiras e fabulosas máquinas de costura, mas como mais ninguém quer costurar, a fábrica fechou e depois foi adquirida pela câmara e mudou de rumo transformando-se num conjunto multifunção.

Agora vai abrigar um centro de criação industrial e de pesquisa, uma escola de dança, um “atelier” de restauro de móveis antigos e criação de móveis contemporâneos (Fundação Espírito Santo).

Espaços para simpósios, desfiles de moda (calçado de luxo), feiras e “tutti quanti”.

E mais… À noite este sítio transforma-se numa discoteca com música a perfurar os tímpanos, para fazer dançar toda a juventude enérgica e criativa da cidade e dos arredores, que depois de um dia de trabalho precisa bem de arejar a cabeça.

Para cozinhar todos estes ingredientes um fórum de ideias onde se vão cogitar mil projetos, e um espaço dedicado as artes onde vão ser apresentadas ao público vários movimentos artísticos.

A coleção Treger/Saint Silvestre que apresenta a única coleção de “Arte Bruta” da Península Ibérica, mais outras formas de artes marginais (“Arte Singular”, “Arte de Haiti e Arte Vodu”) e uma coleção de arte contemporânea internacional, composta de pinturas, esculturas, cerâmica e vidro.

Vários destes artistas estão presentes nos melhores museus do mundo e ausentes das coleções dos museus portugueses.

A coleção “Arte Bruta”,” Arte Singular” e “ Arte Vodu”, vão pôr São João da Madeira na rota dos raros museus destes movimentos artísticos, situados principalmente em Lausanne, Suíça, em Villeneuve d’Ascq na periferia de Lille, França, em Bruxelas e Liége, Bélgica, em Bönnigem e Heidelberg, Alemanha e ainda na Áustria, Hungria, Rússia, no Brasil e nos Estados Unidos.

A riquíssima coleção “José Lima“ englobando pintura, escultura e fotografia, completa o percurso artístico, principalmente com artistas nacionais de renome internacional tais como Vieira da Silva, Paula Rego, Júlio Pomar, Joana de Vasconcelos, Cutileiro, René Bérthólo entre vários outros artistas plásticos.

A Casa da Criatividade, um antigo cinema inteiramente renovado num estilo híper moderno, pelo arquiteto Filipe Oliveira poderá acolher todos eventos possíveis e imagináveis.

Apoia-se num botão “mágico” e as cadeiras como um acordeão desaparecem, transformando uma sala de espetáculos clássica num espaço vazio. Painéis sobem e descem, pontes suspensas carregadas de holofotes, de cabos, de altifalantes e de toda a técnica para o mais brilhante dos “shows”.

Uma companhia de teatro dirigida por um português que fez uma brilhante carreira em Londres, Fernando Pinho, prepara-se para invadir este espaço.

E em São João da Madeira fabricam-se, igualmente, móveis, mesas de bilhar, brinquedos, medalhas e condecorações para enfeitar as lapelas dos mais merecedores e doutros!

Fabricam-se ainda uma datas de coisas como máquinas e maquinetas, bordados e peças de metal e outras coisas neste género, que muita gente quer comprar… E ainda bem.

O passado de São João da Madeira atrai todos os anos bandos de visitantes, precisamente 15.000, interessados na arqueologia industrial. O presente industrioso, atual motor da renascença da região, atrai milhares de clientes, armados com uma caderneta de cheques, para comprar os excelentes produtos aqui fabricados.

Completam o cenário, um ótimo hotel contemporâneo, no meio de um parque, com um spa e piscina interior e espalhados pela cidade numerosos restaurantes de qualidade.

São João da Madeira esta jovem cidade, com um físico um pouco ingrato, mas com um coração de ouro vale bem uma visita prolongada. Quem vê caras não vê corações.

Em são João da Madeira conjugam-se a esperança, a energia, a criação, a arte e o futuro e em todos os tempos. Menos no condicional.

E São João da Madeira está bem acompanhado, primeiro pela triunfal cidade do Porto, que renasceu das suas cinzas para brilhar no universo e que se encheu de hotéis magníficos, restaurantes, bares, cafés , boutiques, onde formigam milhares de pessoas que acorrem do mundo inteiro.

Sobretudo para visitar o mundialmente conhecido Museu Serralves.

Depois Guimarães berço de Portugal, eis capital da cultura da Europa, uma cidade impecavelmente restaurada animada em permanência por uma perfeita mistura de universitários e visitantes que apreciam os velhos monumentos e museus e o mais recente de todos com as coleções do célebre artista José de Guimarães.

E num restaurante meio escondido por uma garagem come-se o melhor toucinho-do-céu do mundo.

Ao lado, Braga com as suas boutiques de luxo, estreitamente vigiado pela espetacular basílica do Bom Jesus.

Barcelos o ninho do nosso famoso galo com a mais antiga feira de Portugal onde se podem comprar as magníficas esculturas de barro policromado que fizeram o renome da cidade.

E, sobretudo, a famosa cidade lacustre, Aveiro com os seus canais, as típicas casas às riscas, os passeios em “marqueterie” de pedra, um magnífico museu de “Arte Sacra” e uma animação constante típica das cidades universitárias.

E para acabar em beleza uma pratada de “Ovos-Moles” , uma espécie de “compota” de ovos , uma deliciosa sobremesa da qual é desaconselhado de abusar.

Será que é pecado abusar das boas coisas?

António Saint Silvestre

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